sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Mágia








terça-feira, 27 de outubro de 2009

O fim do Serviço Militar Obrigatório

Ontem o convidado do Dia D, programa da SicNoticias, foi o conhecido sociólogo António Barreto. Foi um programa interessante, o qual devo confessar que não assisti com 100% de atenção, mas o que vi até gostei. Mas que fique registado uma lacuna, António Barreto afirmou que todos os partidos políticos e as suas jotas tinham contribuído (votado a favor) para o fim do Serviço Militar Obrigatório. Diga-se que o PCP em 1999 na Assembleia da República votou contra o fim do SMO, dando grande enfâse à questão da sustentabilidade das Forças Armadas: «Os desafios fundamentais para o modelo de Forças Armadas de profissionais e contratados são essencialmente quatro: primeiro, o sistema tem de garantir que consegue produzir o número de aderentes (profissionais e contratados) considerados necessários para as missões e sistema de forças em tempo de paz; segundo, o sistema deve conter os mecanismos necessários para o crescimento necessário das Forças Armadas para as situações de excepção, incluindo a guerra; terceiro, deve ficar garantida uma correcta compreensão por parte da população sobre os deveres gerais militares que sob ela impendem, no quadro do dever de defesa da Pátria; quarto, deve estar garantido que não se cria um fosso entre as Forças Armadas e o país». Diga-se, que também que os jovens da "Jota" do PCP no seu último Congresso (2006) defenderam a continuação do Serviço Militar Obrigatório, como «garantia da ligação da juventude à defesa e soberania nacionais», rejeitando assim o fim do SMO e a profissionalização das Forças Armadas.


O objectivo do fim do SMO foi o afastar dos jovens das Forças Armadas, porque sabem que umas FA constituídas pelo povo e pelos trabalhadores permitem o risco de criar uma maior consciência social dentro das Forças Armadas, e como afirmava Lénine: «Só o proletariado – devido ao seu papel económico na grande produção – é capaz de ser o chefe de todas as massas trabalhadoras e exploradas que a burguesia explora, oprime, e esmaga». Não esquecendo ainda Engels, que afirmava algo do tipo: «para a burguesia dominante, o desarmamento dos operários é um imperativo fundamental».

Então meus amigos, fizeram o 25 de Novembro para afastar as Forças Armadas da realidade do povo português, encerrando a cadeado os soldados nos quartéis para o Povo enfiar-se nos mesmos quartéis?! Mas isso faz lá algum sentido...

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

E nunca mais o vi...




Ao ler uns textos na Internet confrontei-me com um pensamento, o qual deixo aqui na expectativa de algum responder...



Que é feito do Senhor, e o que tem feito?!

sábado, 24 de outubro de 2009

Don´t fuck with Da Hui






Don't fuck with Da Hui
Don't fuck with Da Hui
Don't fuck with Da Hui
Because Da Hui will fuck with you!

sábado, 10 de outubro de 2009

42 anos...

Em 09 de Outubro de 1967 morria na Bolívia Ernesto Guevara. Entraria para os anéis da história como Comandante "Che" Guevara, bem como um dos impulsionadores de revoluções ao estilo Cubano (A Teoria do Foco) por África e pela América Latina, umas com sucesso outras em total fracasso como foi o caso Boliviano, custando-lhe a sua vida. Todavia, estava feito o homem, o revolucionário, o mito e sobretudo a imagem comum que o mundo nos anos seguintes iria ter (e ainda o tem) do que é ser revolucinário...


«O revolucionário verdadeiro é guiado por grandes sentimentos de amor. É impossível pensar num revolucionário autêntico sem esta qualidade».

terça-feira, 15 de setembro de 2009

11 Setembro

Acabou de fazer 9 anos que sucedeu os ataques terroristas, pela primeira vez em solo americano durante a sua hegemonia mundial. O mundo, ou melhor, esta nossa geração dificilmente o esquecerá. As imagens transmitidas em directas por o mundo fora dos aviões a embaterem nas torres, das pessoas nas janelas a precipitarem-se para uma queda mortal e por fim o desmoronamento das torres são imagens que ficam na história.
Mas apesar de todo o sofrimento que aquela barbaridade causou naquele dia, é importante reter que aquela barbaridade foi o “motor de arranque” para outra barbaridade: o reforço do imperialismo americano. De imediato aos ataques do 11 de Setembro a administração Bush não precisou de dar justificações credíveis para os seus actos militares, o imperialismo americano tornou-se mais aguerrido e violento. Poucos se atreveriam a questionar a «legitimação da guerra contra o terrorismo», pois era, e ainda o é, vista como uma exigência do momento, uma exigência do século XXI.

Ocupou-se ainda em 2001 o Afeganistão, derrubando um governo extremista islâmico com a alegação que esse apoiava a Al-Quaeda e o seu mentor, Bin Ladem. De imediato a história foi branqueada, esquecendo-se que tal regime que apoiava e suportava a Al-Quaedade de Bin Ladem tinha sido já uma aliança consolidada desde dos inícios dos anos 80, através da guerra feroz contra um partido que ocupava o Poder no Afeganistão (aliado da URSS) e que estava implantar medidas progressistas e revolucionárias naquele complicado país, e promovida e apoia politicamente e militarmente pelos EUA.

O 11 de Setembro perdurará nos anéis da história. Mas de reter que os acontecimentos posteriores desse dia são de um carácter ideológico bastante grande, são demonstrativos que o imperialismo não está adormecido, e que graças ao 11 de Setembro, abriu-se espaço que permitiu, com facilidade, atacar dois ex aliados dos EUA: o Afeganistão e o Iraque, mas também se falou dos perigos que eram o Irão e a Coreia do Norte.

Todavia, fez também 36 anos do golpe fascista e violento que pós fim ao regime democrático e progressista de Salvador Allende, no Chile. Corria o ano de 1973, 11 de Setembro, quando o chefe supremo do exercito Chileno, com a autorização da CIA e dos EUA e seu apoio político e militar, efectua um golpe de Estado… O presidente Allende, resiste no palácio, acabando por suicidar-se. O Chile entrava num regime fascista violento, acabando com os progressos sociais, com a democracia, levando à morte e à prisão centenas de milhares de chilenos, favorecendo um sistema capitalista e a exploração do homem pelo homem, e o lucro das grandes empresas. Este golpe de Estado, foi transmitido em directo pela Rádio, o discurso patriota de Allende dito em directo pela rádio antes de se suicidar e ouvido por milhões de pessoas, também pendura na história, pois ele mesmo é mais uma prova a juntar ao longo processo-crime que o imperialismo tem já, aberto pelas massas, pela América Latina, pelos trabalhadores, oprimidos e principalmente os que foram vítimas dele, indirectamente ou directamente.

sábado, 22 de agosto de 2009

Morreu um dos Imprescindíveis

1940-2009.



Antifascista,
Encenador,
Actor,
Advogado,
Militante Comunista,
Sócio fundador do Sindicato dos Trabalhadores de Espectáculos,
Actualmente era eleito na Assembleia de Freguesia dos Anjos (Lisboa),
Sócio fundador da Casa do Artista.





«Tenho sempre defendido que o teatro é uma arte essencialmente popular, tendencialmente para grandes massas e com um cariz de contra-poder e de crítica de costumes não esquecendo o aprofundamento dos reais problemas filosófico-culturais, políticos, económicos, sociais e éticos dos povos e civilizações.»
In O Militante Julho/Agosto 1999

quinta-feira, 23 de julho de 2009

.Que quadro tirarias do bolso?


Composição com vermelho, preto, azul, amarelo e cinza, Piet Mondrian

.Hoje nesta euforia que resta, dispo e coloco na ombreira virtual um dos quadros que me acaricia o cabelo e mudou o meu trémulo quotidiano de ócio de horas contadas.
Quadro que se afasta do mundo físico e emotivo, que pretende atingir uma visão impessoal, uma perfeição e verdade absoluta, chegando ao mundo mental.
Eu, bifurcando todo o neoplasticismo, coloco a obra, Composição com vermelho, preto, azul, amarelo e cinza, de Mondrian, como o quadro de mudança estival da minha rotina.

E tu se amanhã revisses a terceira idade num quadro, qual tirarias do teu bolso, onde planificas-te uma casa com tecto e ladrilhas?

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O Socialismo não morreu de causas naturais: foi um suicídio!

«Os esquerdistas chamaram à NEP uma capitulação ao capitalismo que iria condenar o projecto soviético ao fracasso. No outro lado do espectro, Tróstski, Zinóviev, Bukhárine e outros pensaram que a NEP era demasiada branda e defenderam concessões ainda de maior alcance ao capitalismo. [...] Lénine concordou que a NEP representava um perigo [...] ainda assim, Lénine pensou que o Partido podia gerir o perigo limitando o recuo e assegurando o seu carácter temporário. A posição de Lénine prevaleceu. [...] Quando Lénine morreu, em 1924 [...] três soluções foram apresentadas: a de Lev Trótski, a de Nikolai Bukhárine e a de Iossif Stálin. [...] . Trótski sublinava a necessidade da revolução internacional como a única esperança que a Rússia tinha de escapar ao que ele considerava ser a degeneração burocrática e a perda de fervor revolucionário. Trótski e a oposição de esquerda foram definitivamente derrotdos no XIV Congresso do Partido, em 1925, que adotpou a via da industrialização acelerada e da auto-suficiência. [...] as posições de Bukhárine assemelhavam-se fortemente às perspectivas gradualistas da social-democracia ocidental. Ele amenizou a ideia de luta de classe até chegar à ideia de uma competição pacífica entre grupos de interesse rivais, entre a indústria estatal e a indústria privada, entre as quintas cooperatvas e as quintas privadas, na qual o primeiro elemento revelaria gradualmente a sua superioridade. [...] Bukhárine e a oposição de direita foram rejeitados pelo XV Congresso do Partido, em 1927, que adoptou uma política de promoção da colectivização da agricultura. [...] O génio político de Stáline [...] derrotou primeiro Trótski e depois Bukhárine.
[...]
Jdánov e Malenkov emergiram como os dois principais adjuntos de Stálin. Jdánov entendia [dar] prioridade à produção e ao saber técnico [...] o Partido devia dar prioridade à ideologia [...] devia enfatizar a elevação dos níveis de vida e o aumento dos bens de consumo. Em 1946 e 1947, Jdánov e os seus aliados lançaram uma camapnha contra as debilidades ideológicas na literatura e cultura e uma campanha contra a agricultura privada. Um dos alvos de Jdánov era Nikita Kruchtchov, líder do Partido na Ucrânia. [...] Malenkov acreditava que os perigos internancionais continuavam a ser reais e que as propriedades do partido tinham de continuar a ser o desenvolvimento da indústria básica e da força militar. A crença de Malenkov na prioridade do desenvolvimento industrial colocava-o solidamente ao lado de Stálin e contra Bukhárine.
[Após morte de Stálin e já no tempo de Kruchtchov]
Kruchtchov representava uma abordagem da construção do socialismo que se assemelhava amiúde a Bukhárine e Jdánov e prefigurava Gorbatchov. [...] Kruchtchov favorecia a incorporação no socialismo de um leque de ideias capitalistas ou ocidentais, incluindo mecanismos de mercado, descentralização, alguma produção privada, um intenso recurso aos fertilizantes e ao cultivo de milho, investimento crescente em bens de consumo. [...] Mólotov favorecia um planeamento centralizado melhorado e propriedade socializada e a continuação do desenvolvimento indústrial. Mólotov afirmou: O Kruchthcovismo é o espírito burguês. Numa reunião do Comité Central organizada à presa, que terminou com o apoio a Kruchtchov e a expulsão de Mólotov, Malenkov e Kagánovitch do Comité Central e do Praesidium. [...] Tal como os anticomunistas que usam o stalinismo para atacar os comunistas, também Kruchtchov empregou a ideia, se não o termo, para difamar os seus opositores. [...] Em 1964, o período Kruchtchov chegou ao fim, quando a direcção colectiva o forçou a retirar-se. Todavia, as ideias acerca da liberalização económica e da democratização política de que Kruchtchov veio a simbolizar não terminaram com ele. [...]Bréjnev em breve emergiu como dirigente soviético máximo, e assim permanceceu até 1982. [...] Apesar das políticas erráticas e fracassadas e da relutância de Bréjnev de enfrentar os probelmas, a economia soviética continuou a mostrar muita vitalidade. [...] A URSS empregava um quarto dos cientistas do mundo [...] os salários e padrões de vida subiram firmente. A semana de trabalho fixou-se nas 40 horas para a maioria dos empregados e nas 35 para o trabalho mais pesado. [...] Em meados da década de 1980 a URSS produzia 20% dos bens industriais no mundo, tendo partido de 4% de um total muito inferior na altura da revolução.
[...]
Depois da morte de Bréjnev, Iuri Andrópov tornou-se Secretário-geral do PCUS. [...] O ano Andropov revelou um rumo de reformas promissor, completamente diferentes do caminho escolhido por Gorbatchov, que se revelou desastroso. [...] Andropov apoiou a política da coexistência pacífica e a prevenção da guerra , mas insistiu em que o princípio da luta de classes continuava válido internacionalmente. [...] Andrópov registou as violações por Stálin da legalidade socialista e da democracia partidária, mas proclamou o direito e a necessidade de a revoluçã se defender pela força [...] Reformas de Andrópov teria funcionado. Como dirigente comunista, tinha tudo a seu favor exepto a saúde. [...] Como dirigente do KGB, Andrópov mostrou também coragem e convicção, [...] o adjunto de Andrópov denunciou e prendeu membros da malta dolce vita demonada pelo mercado negro que incluía a filha e o genro de Bréjnev. Andrópov não se intimidou mesmo peranta a investigação de crimes na família do secretário-geral.
[...]
Em 1985 Gorbatchov assumiu o controlo de um país que enfrentava problemas de longa data, e em pouco tempo exacerbou a situação até a converter numa crise de todo o sistema. [...] Comunistas como Iegor Ligatchov e Ziugánov tornaram se críticos enérgicos de Gorbatchov. [...] Com efeito, em 1987-88 Gorbatchov despiu uma casaca ideológica e vestiu outra, embora temporariamente tivesse um braço numa manda de cada. [...] Gorbatchov começou a ver o PCUS como principal obstáculo à perestroika e decidiu usar a reforma política radical para o enfranquecer. [...] O maior golpe na economia planificada ocorreu na XIX Conferência do Partido, que abandonou o gradualismo e eemitiu uma directiva que impunha a separação entre Partido e os oranismo soviéticos e a direcção económica. [...] Fim do papel dominate e a posição monopolista do PCUS, transformando num partido parlamentar, minou a planificação central e a propriedade pública. Empurrou o PCUS para fora da gestão Económica enquanto procurava uma transição para economica de mercado. Começou a privatizar as empresas estatais e encorajou a florescente segunda economia. [...] Depois do XXVIII Congresso, desde meados de 1990 até Agosto de 1991, o Partido implodiu.
[...]
Kruchtchov tolerara os intelectuais liberias. Depois de 1964, quando Bréjnev se tornou menos tolerante, parte da intelectualidade criou um movimento dissidente. Os dissidentes eram herdeiros da tradição bukharinista-kruchtchovista. Os dissidentes influnciaram Gorbatchov. Também forneceram elementos-chaves do programa democrata.
[..]
A tese é a de que os problemas económicos, a presão externa e a estagnação política e ideológica que a URSS enfrentava no início da década de 1980, isoladamente ou em conjunto não provocaram o colapso soviético. Ao invés, este foi despoletado pelas políticas de reforma específica de Gorbatchov. [...] A segunda economia e a reforma de Gorbatchov desencadearam uma dialéctica de traição ao socilismo
[...]
Toda a história do socialismo soviético mostra que a luta de classes , a luta para abolir as classes não termina com a conquista do poder de Estado. [...] Os comunistas definem o oportunismo de direita, em essência, como um recuo desnecessário e sem princípios sob a pressão de um adversário da classe. [...] No contexto da construção do socialismo, o oportunismo de direita assume normalmente a forma de uma conciliação ( em vez de um combate) com o capitalismo, interno e externo.
[...]
[Fim da URSS] nem foi primariamente a história da traição consciente de um só homem. Foi antes a história do triunfo de uma certa tendência no interior da própria revolução. Foi uma tendência inicialmente enraizada no carácter camponês do país e mais tarde numa segunda economia, um sector que floresceu devido às exigências de consumo não satisfeitas pela primeira economia e à incapacidade das autoridades de avaliarem o perigo que ela representava e de contra ela fazerem cumprir a lei. Foi uma tendência que se manifestara em Bukhárine e Kruchtchov antes de o fazer em Gorbatchov. Foi uma tendência [...] que acreditava nas concessões ao imperalismo e, ao liberalismo, à propriedade privada e ao mercado.
Só com Gorbatchov se realizou em pleno a loucura desta orientação, quando em vez de a um novo tipo de socialismo, levou a um novo tipo de barbárie.
Roger Keeran / Thomas Kenny. In O Socialismo Traído.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

«E, a propóstio, como se chama ele. Despachou-se um pajem a sabê-lo, e a resposta, transmitida pelo secretário, deu mais ou menos o seguinte, Subhro. Subro, repetiu o Rei, que diabo de nome é sse, Com agá, meu senhor, pelo menos foi o que ele disse, aclarou o secretário, Devíamos ter-lhe chamado Joaquim quando chegou a Portugal, resmungou o Rei.»
HFGHGH
In José Saramgo, A VIAGEM DO ELEFANTE.

You can give me the dreams that are mine anyway...

sexta-feira, 19 de junho de 2009


Artigo 74º
(Ensino)

e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino;

44 4444777777 in Constituição da República Portuguesa.

domingo, 14 de junho de 2009

O velho Scrooge e o fantasma do Comunismo.

Como dizia um professor que tive: «os fantasmas do passado regressam sempre para atordoar-nos».

Fazendo a comparação ao livro do escritor Charles Dickens, «A Christmas Carol», com situação política e social interna da República Checa: os fantasmas são o comunismo, primavera de Praga e essencialmente a necessidade de controlar e de branquear a história recente dessa ex república Socialista. O velho do conto de Dickens que, coitado, não consegue “pregar olho”, o Sr. Scrooge, é o novo sistema liberal e capitalista. A noite de Natal é os dias das eleições, que teimosamente coloca os comunistas sempre como segunda ou terceira força política do país…


quarta-feira, 10 de junho de 2009

Analise às Tacadas no Ar

Bom, o nosso estimado e admirado blog fez 2 meses. Cá vai uma analise às 27 tacadas lançadas ao ar, juntamente com uma frase:

FilipaCosta – «O silêncio é um amigo que nunca trai». 0 Tacadas.

Anabela – «Nenhum castigo é pior do que passar uma noite sem dormir». 1 Tacadas.
oo
.Inês Oink Oink - «Em tudo se deve aplicar a moderação». 3 Tacadas.

El comandante – «Uma imagem vale mais do que mil palavras». 6 Tacadas.

JLC – «Há pessoas tão chatas que nos fazem perder um dia em 15 minutos». 17 Tacadas.

I can feel the warning signs running around my mind

Com o padrão-ouro activo nas principais economias industriais as principais moedas do planeta passaram a ser directamente convertidas em ouro. Os preços acordados não flutuavam, uma vez que as taxas de câmbio eram obrigatoriamente fixas. A previsibilidade do padrão ouro facilitou o comércio, os empréstimos, os investimentos, a migração e os pagamentos internacionais. O mercado mundial de produtos e capital ficou mais consolidada através das novas tecnologias e revolução nos transportes e do padrão-ouro…

Mas, efectivamente esta música é muito bela, e mais importante ainda, é o facto de eu gostar dela.
lll
eFica aqui uma parte da letra tendo direito, inclusive, a uma "sonoridade invencível":
hhh
And when I leave this island
I'll book myself into a soul asylum
And I can feel the warning signs running around my mind

So here I go still scratching around the same old hole
My body feels young but my mind is very old So what do you say?
You can't give me the dreams that are mine anyway
You're half the world away
Half the world away
Half the world away
I've been lost I've been found...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Após o ato eleitoral.

Está acabado o primeiro de três importantes processos eleitoral.

É impressionante o número da abstenção, aumentou comparativamente à 2004, situando-se nos 5 934 346 cerca de 62% dos eleitores. É ainda, para mim, mais impressionante e motivo de reflexão, os impressionantes 236 mil boletins que deram entrada nas urnas de votos em branco ou que foram considerados nulos, em 2004 já tinha havido cerca de 134 mil boletins desse género. Penso, talvez enganado, que é o maior resultando eleitoral no branco em Portugal. Com o “nascimento” de tantos movimentos e partidos políticos distintos (ou talvez não), com os partidos da oposição na rua em força contra o governo, com o governo também em força e empenhado por todo país, não pode deixar de ser motivo de reflexão como é que não se consegue captar essa enorme massa descontente.

Numa região fortemente afectada pelo desemprego, no distrito de Leiria, os votos em brancos e nulos somados conseguem ultrapassar o CDS-PP e a CDU ficando muito perto do BE, noutros distritos como de Coimbra e Beja ficam a frente do CDS-PP.

É essencial, tentar perceber o descontentamento desta enorme massa eleitoral (que certamente passa pela grande desconfiança na classe política do país, devido aos casos de corrupção e de abuso de Poder que se tem avivado no país, bem como a ideia que os políticos vão para o PE garantir o “tacho” e nada mais. O que não ajuda em nada foi a proposta de aumento do vencimento dos eurodeputados subindo para cerca de 7 mil euros mensais, que só encontrou o voto contra na CDU entre os eurodeputados portugueses, em plena crise social) e conseguir ou tentar transformar esta enorme “massa branca” em votos realmente de protesto fazendo com que estas pessoas acreditem que «sim é possível uma vida melhor» um futuro melhor.

São mais de 200 mil pessoas, desempregados, jovens sem rumo, estudantes, empregados explorados, precários, reformados que ontem fizeram questão de ir a mesa de voto e votar em branco, ou votar no Mourinho ou nos «Machine Head», riscar o boletim com uma enorme cruz ou escrever: «são todos iguais; vão mas é trabalhar chulos». Estas 200 mil pessoas também são elas um claro reflexo dos tempos de crise e descontentamento e desconfiança na classe política que se aviva em Portugal, e por toda a Europa. Claro que também muitos destes votos brancos devem ser de pessoas ligadas ao PS que não tiveram a coragem de votar noutras forças partidárias e com o voto em branco fizeram o seu protesto contra o governo. Todavia, o objectivo deve ser trazer de novo as pessoas a vida política activa e participada, mas para atingir esse fim os partidos do Poder necessitam de repensar e reestruturar a sociedade para esse fim.

Indo agora aos votos nos partidos, penso que existe uma clara derrotada do PS que perdeu comparativamente a 2004 mais de 600 mil votos, inclusive não consegui chegar a 1 milhão de votos, ficando no limiar dos 950 mil votos. O cartão amarelo/avermelhado está dado a Sócrates e sua equipa europeia, penso que para este resultado negativo contou como é claro as políticas do governo Sócrates, as promessas por cumprir de um referendo ao tratado de Lisboa em Portugal feita pelo PS e o mau desempenho de Vital Moreira e de seu comitiva que só foi ao bom de Portugal, só falou do “progresso” português, não foi ao contacto dos trabalhadores, agricultores nem dos problemas efectivo do país e da EU. Espera-se profundamente que como eurodeputado português Vital Moreira represente os interesses de Portugal no PE e não abandone o cargo mal possa. O facto de terem cortado a palavra em directo ao PM Sócrates, para transmitirem o discurso de outro candidato, é um acontecimento simbólico que marca uma ruptura com a consolidação da influência do governo Sócrates.

Os vencedores da noite, apesar de nem todos da mesma maneira, foi toda a oposição ao governo Sócrates: PSD, BE, CDU CDS-PP e talvez o MEP.

O PSD apesar de se manter com uma semelhante votação e eurodeputados de 2004, ganhou devido a queda eleitoral do PS bem como ao surgimento de um indivíduo que parece ter conseguido voltar a colocar o PSD no mapa do Poder político em Portugal. Mas esta fórmula de vitória pode vir a dar derrotas, pois agora espera-se que o Sr. Rangel fica no PE e possa fazer um bom trabalho ao serviço dos interesses do povo português, mas com o “Don Sebastião” do PSD em Estrasburgo como vai decorrer as próximas campanhas do PSD?

O vencedor mais falado e emblemático da noite foi o Bloco de Esquerda. Foi sem dúvida a força da oposição que mais subiu e fortemente, triplicou os seus votos e eurodeputados comparados com 2004. Está eleição é somente a terceira vez que o BE participa, em 1999 conseguiu 62 920 votos e nenhum eurodeputado, em 2004 duplica o seu resultado obtendo 167 mil votos e 1 eurodeputado, Miguel Portas que segundo as estatísticas é um dos eurodeputados menos produtivos no PE. Em 2009 triplica a votação consegue 381 mil votos e 3 eurodeputados, passam da quinta força política portuguesa no PE para a terceira força.

O BE é um fenómeno que começar a deixar de o ser, já encontrou o seu espaço político e social e em eleição após eleição e sem muito trabalho de rua e sem muita militância consegue subir a sua votação, já sonha com certezas outras paragens. Mas muito seriamente não vejo o BE e entrar em alianças com este PS de Sócrates.

A CDU, caiu para quarta força política na Europa, mas conseguiu garantir a subida dos seus votos em cerca de 70 mil votos, é salto eleitoral enorme e fruto de muito trabalho, à quinze anos que não acontecia uma subida eleitoral tão elevada por parte da CDU. Garantiu na mesma os 2 eurodeputados, ficando muito perto da conquista do terceiro. O aumento do seu eleitorado é um abrir de portas as boas expectativas nas futuras eleições autárquicas, a CDU ficou a frente do PS no distrito de Évora.

O CDS-PP também foi um dos claros vencedores, principalmente contra as sondagens... continua a ser a quinta força política.

Em relação aos pequenos partidos somada a sua votação em conjunto dá um resultado perto dos 190 mil votos. Penso que o único que se pode salientar seja somente o MEP, Movimento Esperança Portugal, conseguindo ultrapassar os 50 mil votantes. A ver vamos se não se torna noutro fenómeno como o BE.

Analisado eleitoralmente por distrito o PS é o grande derrotado, consegue ganhar somente em dois distritos, Portalegre e Lisboa. A CDU garante o segundo lugar conseguindo conquistar o primeiro lugar em três distritos, Beja, Évora e Setúbal. O PSD fica em primeiro lugar nos restantes distritos, inclusive nos Açores e claro Madeira.
O resultado somado do BE com da CDU e do PP ultrapassa o PS, é um clara derrota para força maioritária na Assembleia da República.

Futuramente: o PS teve a prova, provada, que não ira ser fácil ganhar as futuras eleições para Assembleia da República com semelhantes políticas que tem vindo a praticar nos últimos anos; o PSD vai ter que encontrar um indivíduo que o seu comportamento e perfil sejam semelhante ao Sr. Paulo Rangel; é esperar para ver como ira ser a reacção da população e dos meios de comunicação em relação ao BE que passa a ser a terceira força política e a CDU apesar de aumentar os seus votos passa a ser a 4 força política, pois não me espantava nada este acontecimento ser encarado como uma boa forma de voltar a “cavar” a cova para a CDU e o PCP, que começou a ser cavada por muitos em 1991 mas foi interrompida em 2004/2005 com o regresso a subida eleitoralmente da CDU.

Por fim imaginar estes resultados numas legislativas futuras, dava cerca de 21 deputados a CDU e semelhante ao Bloco de esquerda. A “esquerda” tinha consolidado uma forte presença no parlamento que garantia, em princípio, o chumbo de diplomas que afectam a vida de milhares de portugueses. Mas a ver vamos como vai ser resultado eleitoral dessas eleições.

Por fim, e no plano europeu, é assustador o salto considerável dos partidos de extrema-direita, bem como a vitoria dos partidos de direita que são confesso adeptos do regime neo-liberal e do capitalismo num período histórico de profunda crise do sistema capitalista o recuo dos partidos de centro esquerda e de esquerda, mas essencialmente das forças contrarias a exploração.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

.Mesquinhez Aguda


Sem título, InêsOink

.Um puro plágio daquela mesquinhez aguda que nos aflige enumeras vezes...
Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.
Fernando Pessoa

domingo, 31 de maio de 2009

Pearl Jam - Do the evolution

Quando a diferença é vista com indiferença.

l
Ficou muito por disser sobre esta Marcha, que juntou 85 mil pessoas nas ruas de Lisboa. Ao contrário das outras forças partidárias que encheram restaurantes ou anfiteatros, tal como a CDU o fez também, nenhuma delas encheu as ruas com 85 mil apoiantes, efectivamente, é um acontecimento político fora do normal que merecia mais atenção.

Falou-se, ainda, muito pouco do trabalho realizado pelos eurodeputados portugueses no Parlamento Europeu, e da visão política e do que fizeram para evitar (ou ajudar) o desenrolar desta crise mundial; que fizeram para evitar (ou ajudar) os conflitos bélicos; que fizeram para evitar (ou ajudar) os agricultores e as pequenas e médias empresas; o que fizeram para evitar (ou ajudar) o grande capital a enriquecer a custa dos trabalhadores; o que fizeram para evitar (ou ajudar) o avanço da «flexisegurança»; o que fizeram para evitar (ou ajudar) o ataque aos direitos dos trabalhadores; o que fizeram para evitar (ou ajudar) à realização de um referendo ao Tratado de Lisboa. Etc...

Pior, falou-se ainda muito pouco dos candidatos que foram cabeças de lista nas últimas eleições europeias, como por exemplo um de tal Sr. João Pinheiro de Deus, que foi eleito a 5 anos atrás como cabeça de lista do PSD, somente usou o seu direito de intervir somente 23 vezes e apresentou escassas cinco perguntas, à média exacta de uma por ano (!).
Realmente falou-se muito pouco dos 24 deputados portugueses, entre os quais somente cinco (!), onde se destacam os dois eleitos do PCP, apresentaram mais de 50 perguntas. São eles Ilda Figueiredo (PCP), com 469 perguntas, seguem-se Paulo Casaca (PS), 274 perguntas, José Ribeiro e Castro (CDS), 256, Pedro Guerreiro (PCP), 189 perguntas, e Ana Maria Gomes (PS), 62 perguntas.

Falou-se, ainda, pouco, muito pouco, do trabalho do nosso ex- Primeiro-ministro, Sr. Durão Barroso, que abandonou o seu importante e prestigioso cargo em Portugal para ocupar a Presidência da Comissão Europeia. Ou seja, não se falou destas atitudes de alguns políticos que apenas servem, e com alguma razão, para o afastamento dos cidadãos das questões políticas e europeias, com célebre frase «os políticos são todos iguais, estão lá é para terem "tachos" e governaram-se só a eles». Não, os políticos não são todos iguais.

Mas sorte a nossa, falou-se algumas vezes no, «Yes We Can», que traduzido para português fica «Sim, Nós Podemos» e não «Sim é Possível», não se falou que o slogan «Sim é Possível» foi lançado em 2002, vivia Bush na Casa Branca e o fenómeno Obama ainda não se tinha alastrado, na Conferência Nacional do PCP, realizado na margem sul.
A diferença é a CDU e o seu projecto político de ruptura com estas políticas neo-liberais, que é visível na rua em contacto com a população o ano inteiro e pela diferença no encarar o trabalho político, mas a diferença é tratada com indiferença, o objectivo é não fazer notar a diferença que há na CDU face à indiferença das outras forças partidárias.

Dia 07 Vota, Vota CDU.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

.












sábado, 23 de maio de 2009

Novidades por terras Irlandesas...

Olá amigos!
Como prometido, cá deixo o meu testemunho no blog, apresentando já as minhas desculpas pelo atraso.
Amanhã estou de regresso a Portugal, e apesar de saber bem rever a malta e matar saudades, estou um tanto deprimida por abandonar Dublin, de que tantas boas memórias vou ter
A chegada a Dublin foi um tanto atribulada. A perda das bagagens deixou-nos bastante em baixo (um conselho: nunca viagem pela Íbéria, é líder em perda de bagagens...só no nosso voo perderam-se 80 e tal), mas os primeiros dias em Dublin não foram de todo desanimadores. Fomos (relativamente) bem recebidos na Swan, e começámos o curso de inglês logo no dia a seguir com o stor Cormac Healy, um pintor irlandês que dá às aulas uma óptima dinâmica.
No dia a seguir à nossa chegada foi o meu aniversário. Apesar de estarmos sem roupa lavada e com umas caras horríveis, os meus companheiros fizeram a agradável surpresa de me comprarem um bolo =)
Para resumir... Dublin é uma cidade limpa e bonita, os Irlandeses são muito simpáticos e prestáveis (e totalmente dependentes do alcool), as teenagers afogam-se em base e maquilhagem, a Gardaí (GNR cá do sítio) não anda armada, é tudo muito expensive (e antes da crise ainda era mais, imagino...), e o clima é simplesmente imprevisível (já apanhámos sol, chuva e neve no mesmo dia). Aproveitámos praticamente todos os fins de semana para programar visitas e viagens, a Irlanda é um país lindíssimo e já me mentalizei que terei de voltar, porque ficou tanta coisa para ver...
Em relação ao Estágio, fui aceite na Eco-Unesco, uma organização sobre educação e ambiente da Unesco, e foi uma óptima experiência. Trabalhei com crianças, professores, jovens em risco e minorias étnicas, e aprendi imenso. Ajudei na organização de workshops e eventos, com uma equipa fenomenal. O ponto alto do estágio para mim foi ter participado num projecto durante uma semana em Greystones com a VSI, com jovens de mais de 12 nacionalidades diferentes... Nigéria, Afeganistão, Áustria, Irlanda, Congo, Iraque, Nepal, India, Gana, França, Palestina... Foi simplesmente inesquecível! Espero em breve poder mostrar-vos fotos do grupo.
E pronto, a viagem está a chegar ao fim, vai ser difícil despedir-me de todos aqueles que ficam por cá, e que fizeram estes 3 meses serem fantásticos.

Até manha! =)

Anabela, 23/05/2009.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A Exigência deve ser o Respeito.

O patrão da Sonae SGPS, um dos homens mais ricos em Portugal, afirmou recentemente: «Numa altura em que há falta de emprego, as pessoas ainda têm uma exigência estranha. Quando há tanta gente a querer qualquer emprego, as pessoas não querem trabalhar ao sábado, não aceitam o princípio de número de horas anual e depois não há como decidir este tipo de questões em Portugal, porque se administração da Wolkswagen decidir fechar, fecha amanhã».
Numa altura de profunda crise social e de desemprego altíssimo com certeza que seria uma «exigência estranha» para o Senhor Belmiro de Azevedo, que lhe fossem ao bolso, e que bolso ele deve ter pois em 2008 tinha uma fortuna de cerca de 1 700 Milhões de Euros acumulada (em grande parte graças ao esforço dos seus trabalhadores que até já no 01 de Maio (dia do trabalho) são “obrigados” a ir trabalhar), para ajudar o país e os cerca de 500 mil almas que estão no desemprego, relembro que parte desta grande massa desempregada nem tem acesso ao fundo do desemprego.

Era bastante positivo que esse Senhor não afirmar-se frases disparatadas e intimidatórias semelhantes, as quais somente tem como objectivo nítido de lançar o medo para o meio das massas trabalhadoras e das famílias portuguesas.

Não é só os trabalhadores a pagar a crise com a perda de direitos, pois não foram os trabalhadores da Auto-Europa, ou do café «Pipis e Bifanas » que originaram esta crise. Com tempos complicados para o Capitalismo, onde as politicas neo-liberais defendidas pelo grande capital caíram por terra os trabalhadores irão pedir exigências mais estranhas para esses senhores, pois é urgente exigir um novo rumo para Portugal e para o mundo.

Bom mais um motivo para não faltar amanha...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Próximo Sábado


A todos aqueles que desejam levar mais longe a denúncia e o combate consequente às injustiças e desigualdades sociais, ao desemprego, à corrupção, à degradação das condições de vida e de trabalho dos trabalhadores e de diversos sectores e camadas da população e que justamente reclamam uma ruptura com a política de direita, uma nova política e um novo governo para Portugal. Terá início às 15 horas, na Praça do Saldanha (com concentrações prévias dos participantes a partir do Campo Pequeno e ao longo da Av. de República), e terminará com um comício no Marquês de Pombal.
Dia 23 de Maio (próximo sábado).

domingo, 17 de maio de 2009

Desaire

Os resultados das eleições na Índia acabaram de ser revelados, e com grande surpresa (devido a sua elevada votação) o grande vencedor foi a Aliança Unida Progressista, que é liderada pelo Partido do Congresso, consegui eleger 252 deputados. Desde de 1991 que o partido da família Gandhi não conseguia um resultado tão claro e positivo, o Partido do Congresso sozinho alcançou 190 deputados. Em segundo lugar ficou a coligação dirigida pelos nacionalistas hindus, NDA, com 162 deputados.

A Terceira Frente (Frente de Esquerda) apenas ficou com 60 lugares no Parlamento, ficando muito longe do que se prometia, além disto os Comunistas do PCI-M perderam muitos votos em zonas que tradicionalmente vencem eleitoralmente com grande margem, como foi caso de Bengala Ocidental e Kerala. Os dados provisórios mostram que o PCI-M tinha conseguia eleger somente 19 deputados, perdendo mais de 20 cadeiras. O líder do PCI-M, Prakash Karat, disse ter sofrido um «grande golpe» e admitiu a necessidade de «um sério exame dos motivos». Outra grande derrotada da noite que chegou a ser encarada como possível primeira-ministra da coligação dos pequenos partidos foi a «Rainha dos Intocáveis», Mayawati Kumari, ministra-chefe do influente Estado de Uttar Pradesh (deste Estado são eleitos 80 deputados). Mayawati é popular entre os cerca de 160 milhões de dalits indianos - uma comunidade heterogénea excluída do sistema hindu de castas que se dedica às tarefas consideradas "impuras", como limpar sanitas, recolher lixo. Mas parece que o seu passado, onde enfrentou acusações de corrupção e atraiu críticas por gastos exagerados em parques e estátuas em sua homenagem, a prejudicou no momento de votar.
Estes resultados não traduzem a ruptura política que se vinha falando/apelando e que parecia ser possível ao longo da campanha. Basicamente o Parlamento ficou na mesma, a única novidade é o grande salto que o Partido do Congresso dá eleitoralmente e o recuou das forças progressistas. Mas apesar disto a AUP não consegue a maioria no Parlamento, mas não fica necessariamente a depender de coligações com outras forças políticas para delinear o próximo Governo.

Cerca de 60% dos 714 milhões de indianos votaram num processo eleitoral que decorre em cinco etapas, começou em Abril e foi finalizado a 13 de Maio. Cerca de 6 milhões de polícias fizeram a segurança ao escrutínio. Facto curioso é que são utilizados elefantes para o transporte das urnas para a votação em regiões de difícil acesso, os animais chegam a caminhar quatro dias seguidos para atingir as áreas remotas do país, e assim garantir que até esses eleitores tenham acesso ao voto.

sábado, 16 de maio de 2009

Mais um exemplo, agora na Ásia.

Estão a ser apurados os resultados eleitorais na Índia, que segundo alguns especialistas é a maior e mais complexa democracia do mundo. Tudo parece apontar para que os partidos do Poder não consigam formar governo sem coligações ou acordo com outros partidos, longe vão os tempos em que o Partido do Congresso (onde militam os membros da família Ganhdi) garantia mais de 200/300 lugares das 543 possíveis no Parlamento.

Por outro lado, existe uma hipótese da Frente de Esquerda poder participar num Governo de visão progressista. Relembre-se que a Frente de Esquerda, apesar de não participar no Governo, deu apoio e sustentabilidade no Parlamento, até à pouco tempo, ao Governo actual.

Com cerca de 900 mil militantes, e 43 deputados eleitos o PCI-M (Marxista) é a terceira força política na Índia e a força política mais importante na Frente de Esquerda. Conta ainda com mais de 200 deputados regionais eleitos, cinco jornais diários e um canal de televisão próprio. É Poder em três estados, Kerala onde no qual em 1958 foi eleito o primeiro governador comunista na Índia, Tripura e Bengala Ocidental.

Bengala é um estado populoso e importante, com cerca de 80 milhões de habitantes, e desde de 1977 que o PCI-M vence todas as eleições, em cerca de 79 cidades é Poder em mais de 40 cidades. O ano de 1977 marca o início do fim do poder dos grandes latifundiários, que tinham mais de 50% da posse da terra, hoje em dia cerca de 70% dos camponeses tem direito a terra própria e muitas pessoas passaram a ter direito a uma casa. Actualmente os dados indicam que cerca de 26% da população de Bengala está abaixo da linha de pobreza, antes de 1977 os dados indicavam que eram cerca de 56% da população. Ironicamente, este número (26%) é explicado em grande parte devido aos benefícios oferecidos pelo governo de Bengala como a saúde, educação e o controle dos preços alimentos, que tornam Bengala numa região de destino para muitos pobres indianos que chegam a Bengala com esperança de uma vida melhor.

Um analista político indiano afirma que sucesso dos comunistas e da Frente de Esquerda em Bengala Ocidental essencialmente a três factores:
1.Elaboração de uma reforma agrária, que favoreceu os camponeses pobres.
2.
Apesar do PCI-M ter uma maioria parlamentar forte para governar sozinho, o partido faz questão de participar numa Frente de Esquerda com outras forças de esquerda ou progressista e independentes.
3.Finalmente é um governo sem corrupção, nos 30 anos que governa Bengala não existe registo de um único escândalo no governo.

Além do PCI-M a Frente de Esquerda é composta pelo PCI da Índia que tem 10 deputados e pelos Partidos Revolucionário Socialista e Adiante de Toda a Índia, ambos com três deputados, ou seja, a Frente de Esquerda tem no total 59 deputados no Parlamento. No decorrer das eleições o Partido Bahujan Samaj que tem 19 deputados e governa o estado mais populoso da Índia, Uttar Pradesh, e que se afirma como representante do estrato social mais baixo do sistema de castas, manifestou intenção de ingressar na Frente de Esquerda.

Numa sociedade profundamente marcada pela hierarquização do sistema de castas, várias religiões, problemas bélicos com um vizinho, contradições agudas e incertas no tecido social e as emergências de alguns nacionalismos locais, tudo parece apontar que a Frente de Esquerda será essencial para o futuro e rumo desta populosa nação.


quinta-feira, 14 de maio de 2009

YEA

No próximo dia 20 de Maio (Quarta Feira) decorre mais um YEA, «Young Environmentalist Awards» em Dublin (Mansion House), promovido pela ECO-UNESCO.
Mas este evento além de premiar, mais uma vez, alguns jovens ambientalistas e os seus ambiciosos projectos conta nas "fileiras" da sua organização com uma preciosa e empenhada ajuda.

Fica aqui o reconhecimento de todo o talento, força de vontade, empenho, criatividade, visão, organização, dedicação, habilidade, trabalhadora, mérito e responsabilidade que essa pessoa possui na sua essência, e que, sem dúvida alguma, é somente uma mais-valia importante para o «Young Environmentalist Awards 2009». Não haja dúvidas que vai ser um sucesso.

P.S. Espero que a recolha de tampas e outros objectos recicláveis esteja a correr bem.
Great pride in you.
De regresso a Portugal, e tal como os Green Day diziam em 1992 :

« Pay attention to the cracked streets & the broken homes,

Some call it slums some call it nice,
I wanna take you through a wasteland I like to call my home,
Welcome to paradise...».


sábado, 9 de maio de 2009

.A Expressividade Repetitiva que é a Vida

.No tilintar fugaz das ruas citadinas, vamos tingindo ladainhas que se traduzem nos inúmeros monólogos redundantes de reflexões aleatórias que produzimos.
Os dias discorrem-se de sucessivas engrenagens repetitivas.
A poça espelha o fúnebre Café Müller, não sendo apenas uma confissão extrema de um estado de crise criativa ou da mortalidade do amor, é também uma emocional flagelante e impressionante tipificação sobre a violência que é a vida.
A vida essa incontornável e constante repetição efémera.


Café Müller, Pina Bausch

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A minha vontade!


Foi uma semana hiper cansativa, mas mereceu muito a pena. Bem amanha me vou, a ver se volto. Até jáááááááááá.
Bem vou deixar aqui uma foto, como sendo uma pequena dedicação.

Um trabalho bem feito, é sempre aquele que é feito na noite antes.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Um estado de espírito!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Incidentes do 1ºde Maio

Vou tentar expor alguns pontos de vista que me deixaram a pensar sobre os acontecimentos decorridos no 1º de Maio, pois em primeiro lugar digo que não gostei do que fizeram ao homem, achei exagerado e pouco útil, mas penso também que o assunto não é tão linear assim quanto isso...
Em primeiro lugar, penso que a ideia da comitiva do PS era original um resultado idêntico ou semelhante a este. Em segundo lugar, é legítimo também dizer que houve uma provocação da parte do PS, pois Vital Moreira ex militante do Partido Comunista, fiel seguidor das políticas de Sócrates e desta EU e cabeça de lista para o Parlamento Europeu foi claramente tirar protagonismo aos trabalhadores e suas reivindicações num dia que é o seu, o dia mundial do Trabalho.
Penso que é perfeitamente normal, e de conhecimento público que os trabalhadores e os militantes do PCP (pelos vistos do Bloco) não morrem de amores pelo seu ex dirigente comunista e um dos pais da Constituição Portuguesa de 1974. Mas claro que isto não justifica a violência ali presenciada. Mas havia, como se confirmou, o risco de desabrochar para este caminho.
Não seria melhor Vital Moreira ter indo logo directamente com a sua malta da UGT (e seus compadres), até na óptica de salvaguardar o seu «freelancerismo», pois não vão eles de se lembrar de prescindir dos seus serviços como «freelancer».

Eu estava na cauda do desfile, quando o “homem do dia” passou, muito sinceramente não gostei do que vi, pois vi ele a ser agredido e algumas pessoas a volta dele a soltarem ofensas. Mas também é verdade que o vi a ser protegido por malta ligada a CGTP e ao PCP, logo a notícia que foi transmitida horas a fim, para ser verdadeira devia ser: «Supostos membros do PCP agrediram Vital Moreira, mas outros defenderam-no», e com esta ideia, chegava-se a conclusão justa que foi um acto isolado e não uma manobra do PCP. É justo também dizer, que encontravam-se, pelo menos que eu tivesse visto, três elementos da PSP no local e nada fizeram, ficam pálidos e serenos, a protecção de Vital Moreira foi feita mesmo pela a CGTP.

Também posso dizer que assisti a uma chapada que algum deu no Vital Moreira por detrás. Mas também verifiquei que daquele quadrante da manifestação não vi ninguém conhecido meu e conectado ao PCP a ir ao encontro da zona de "conflito", ao contrário do BE.
Os militantes e simpatizantes do Bloco de Esquerda mal viram o Vital Moreira foram a correr para o homem soltando ofensas e gritando palavras como: «Traidor». É certo já que o BE não foi considerado culpado pelas televisões e PS por estes acontecimentos, pelo visto nem "réu" chegou a ser. Mas uma coisa me chamou atenção, foi a malta do Bloco de Esquerda apelidar de «Traidor» ao Vital Moreira, bom então e os outros Senhores que seguiram o mesmo ou semelhante percurso político como Vital Moreia, como por exemplo assim sem pensar muito: Miguel Portas; Fernando Rosas; João Semedo; António Chora entre outros, também são traidores?

Por fim, volto a repetir que lamento estes incidentes que só contribuem para o afastamento do Povo português das eleição(s) e discussão das europeias e serviu como acontecimento que ocultou em grande parte a festa e a luta dos trabalhadores. Por fim concordo em pleno com posição do PCP, lamentar sim, pedir desculpa não, pois isso era assumir as culpas pelos acontecimentos. Mas não posso deixar de afirmar que os assobios, e as palavras de ordem contra esta política praticada pelo Governo Sócrates e anteriores governos em Portugal (que é a mesma política de Vital Moreira) que foram citadas pelos trabalhadores contra a comitiva do PS são justíssimas.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Quem me dera que eu fosse o pó da estrada...

Quem me dera que eu fosse o pó da estrada
E que os pés dos pobres me estivessem pisando...

Quem me dera que eu fosse os rios que correm
E que as lavadeiras estivessem à minha beira...

Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio
E tivesse só o céu por cima e a água por baixo...

Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro
E que ele me batesse e me estimasse...

Antes isso que ser o que atravessa a vida
Olhando para trás de si e tendo pena...


Alberto Caeiro

terça-feira, 28 de abril de 2009

The "School" of Braga.

Em Braga a «peregrinação operária» era organizada pelo círculo católico, e muitos que participavam nela «iam obrigados pelos patrões», ao passar à porta da Associação de Classe dos Chapeleiros «alguns indivíduos subiram a esta casa e arriaram a bandeira da aquella associação, [mas] um desses indivíduos, um semiuarista, acaba a pouco de pagar o atrevimento»
In «O Século», 2 de Maio de 1899.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Uma Sugestão


Aterro aqui dia 8 de Maio,











Espero arranjar algo do tipo isto,









Apanhamos depois este "tipo" para:



Leinster house - Parlamento da Irlanda, onde se encontra a Câmara Alta e a Baixa, segundo o Historiador francês, René Rémond, aquando existem duas Câmaras estamos a verificar um claro vestígio histórico de um sistema Liberal puro).



St Patrick's Cathedral - Conhecer a grande lenda da Irlanda.







Mas é essencial visitar:


Guinness Storehouse.





Por fim visitar isto, I hope...

Prison Killmainham: Prisão Inglesa, finalizada por volta do final do século 18, e desde de então serviu de “casa” para os homens que lutaram pela independência da Irlanda e formação de uma República naquela zona até ao ano de 1924. Neste último ano foi fechada pelo Governo do recente estado da Irlanda, e gradualmente transformada em Museu. (Penso eu).




Está feita a sugestão, ver vamos como vai correr, mas uma coisa é certa, que vai correr vai..

Inté.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ainda na Moldávia.

Três partidos da oposição que elegeram deputados nas eleições passadas, Partido Liberal, Partido Liberal-Democrático e Aliança Nossa Moldávia, continuam a manifestar-se no centro de Chisinau, desta vez as manifestações contaram com cerca de 3 mil pessoas, que é um claro fraco sinal de apoio as manifestações, e mais uma vez a força da rua que os partidos de direita tem mostrado ter ao longo deste conflito parece confirmar o seu fraco resultado eleitoral.
Ainda no outro dia li num órgão de informação, que as manifestações tinham sido convocadas por telemóvel, FaceBook e Twiteer. Um telemóvel, realmente, agora é um produto que esta acessível a preços baratos, mas ter acesso a Computadores com internet já não está ao acesso de qualquer um, então num dos país mais pobre da Europa ter um computador e acesso a internet deve ser um género de luxo, fica aqui a pergunta de que estrato social são estas pessoas que receberam a convocação por internet? Com certeza que não devem ser os estratos mais desfavorecidos...
O discurso oficial dos protestantes e dos seus líderes políticos já tem como fim a demissão do governo e do Presidente da República, o objectivo é assumidamente conduzir a uma revolução “colorida” como aquelas que se realizaram na Ucrânia e noutros países dessa região, parece não andar muito longe de uma tentativa de conquistar o Poder a todo o custo, pois a oposição já abandonou a recontagem dos votos, e um dos seus lideres (Serafim Urecheanu líder da Nossa Moldávia) afirmou: «Queremos novas eleições e vamos ganhá-las». O que talvez não esperassem era uma fraca adesão popular e a reacção da comunidade internacional.

Fala-se agora de cerca de 200 protestantes presos, não podemos esquecer que o Parlamento da Moldávia foi invadido e vandalizado pelos protestantes e é preciso, e normal, que as autoridades levem tais indivíduos a justiça, e um Parlamento não pode ser encarado como um simples edifício, ou uma casa, porque não o é, um Parlamento é um dos centros políticos mais importante de um país, um ataque ao mesmo tem claramente um objectivo muito serio e perigoso, pois não podemos encarar um assalto ao Parlamento tendo como objectivo do simples roubo, mas sim espera-se poder alterar certas correlações de forças sociais.

Em todo o caso a recontagem dos votos vai ser feita na mesma, ira com certeza reconfirmar a vitória dos já vencedores…

sábado, 11 de abril de 2009

Yuri Gagarin foi o primeiro homem no espaço há 45 anos


Foi a 12 de Abril de 1961 que o voo de 108 minutos se realizou

Nasceu em Março, dia 9, no ano de 1934, e morreu em Março, dia 27, 34 anos depois durante um voo de rotina em que o avião se despenhou. Mas seria o dia 12 de Abril de 1961, há precisamente quatro décadas e meia a tornar o seu nome famoso em todo o mundo. Yuri Gagarine foi o primeiro homem no espaço numa órbit em torno da terra de 40 mil quilómetros feita em 108 minutos.
Apesar do pouco tempo, os cientistas quiseram que ele levasse comoda para saber se era capaz de a utilizar na imponderabilidade do espaço. Como ainda não se conheciam bem os efeitos da falta de gravidade sobre o ser humano, o voo de Gagarin foi totalmente controlado a partir da Terra. Antes de subir a bordo fez um discurso salientando o «belo momento» de partir para o espaço
.

Meus amigos de uma só bandeira.

A amizade... uma coisa tão linda, mas não é uma amizade qualquer é uma amizade que me deixa orgulhoso e mesmo comovido , não tenho vergonha de o dizer, até mesmo chorar e porque não chorar, qual o problema disso , é o sinal da profundidade desta amizade de que vos falo meus amigos, posso simplificar, talvez três pessoas , mas que já fazem parte da minha vida , uma vida sempre de altos e baixos , mas nos baixos , aí estão eles, prontos, disponiveis, fortes, sinceros, lutadores por uma só pessoa, e que pessoa essa , uma pessoa que vos dará a vida assim que precisarem dela, nunca tenham duvidas disso, porque voces merecem mais que tudo. Uma vida cansada de certas coisas, uma vida saturada, então ... aparecem eles, os amigos ... uma nova vida renasce e me levita sobre as sensações de sobrevoar uma amizade tão pura e verdadeira...deixem-me viver esta amizade...libertem-me dos demónios que me derrubam para o chão que está tão sujo de tanta mentira. Obrigado a todos eles. Obrigado por todos esses momentos só vossos e diferentes mas tão iguais de uma amizade que se liga a mim de uma maneira igual.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Separar o trabalho da preguiça...

«Em final de legislatura, e quando se aproximam as eleições para o Parlamento Europeu, é tempo de os deputados prestarem contas para que os eleitores também possam fazer as suas. As comparações não são pois de recear já que são uma forma fiável de se separar o trigo do joio, o trabalho da preguiça, o empenhamento da indiferença, aqueles que serviram os interesses do País e de quem os elegeu, dos que se fizeram eleger para se servirem a si próprios. Os dados estatísticos que se seguem não esgotam a actividade dos deputados, mas são um bom indicador da sua produtividade em especial nos campos em que cada um tem inteira liberdade de iniciativa.
Os dois deputados do PCP estão no topo da lista no que respeita a intervenções em plenário. Ilda Figueiredo, com 704 intervenções é apenas ultrapassada por Manuel António dos Santos (PS) que na sua qualidade de vice-presidente do PE presidiu regularmente às sessões, contabilizando assim 837 intervenções. Segue-se Luís Queiró (CDS) com 676 intervenções e logo a seguir Pedro Guerreiro com 663 intervenções.Note-se que, dos 24 deputados, apenas quatro produziram mais de 600 intervenções, estando aqui os dois eleitos do PCP. Em contrapartida, 16 deputados fizeram menos de 100 intervenções e outros 12 intervieram menos de 50 vezes. No fundo da lista está por exemplo o deputado do Bloco de Esquerda, Miguel Portas, que em cinco anos tomou posição nas sessões apenas 41 vezes. A pouca apetência que aparenta para intervir nos plenários tão pouco foi compensada em número de requerimentos à Comissão e ao Conselho sobre as importantes questões nacionais. Não, limitou-se a apresentar 13 perguntas, ou seja uma média de 2,6 por ano. Mas há ainda pior. João de Deus Pinheiro, que foi o cabeça de lista do PSD, usou o seu direito de intervir somente 23 vezes e apresentou escassas cinco perguntas, à média exacta de uma por ano (!). E ao contrário do que um semanário português veiculou, Deus Pinheiro não elaborou um único relatório ou parecer em toda a legislatura.
No conjunto dos 24 deputados, apenas cinco (!), onde se destacam os dois eleitos do PCP, apresentaram mais de 50 perguntas. São eles Ilda Figueiredo (PCP), com 469 perguntas, seguem-se Paulo Casaca (PS), 274 perguntas, José Ribeiro e Castro (CDS), 256, Pedro Guerreiro (PCP), 189 perguntas, e Ana Maria Gomes (PS), 62 perguntas.Deste modo, os 12 deputados do PS apresentaram um total de 501 perguntas (média por deputado de 41,8) e os sete do PSD não foram além de uma centena (média por deputado de 14,3).
Um trabalho reconhecido.
Em 1999, o insuspeito jornal Público, na sua edição de 24 de Maio, concluía: «Estatisticamente, os três deputados comunistas (...) são campeões da actividade parlamentar (...) No seu caso concreto, as estatísticas abundantes apenas confirmam a realidade: mesmo os seus adversários políticos, insuspeitos, reconhecem que, entre os deputados portugueses, são o grupo mais eficaz.»Também em 2004, uma análise da Agência Lusa, divulgada por vários jornais, concluiu que os deputados do PCP, na altura apenas dois, se destacaram claramente dos restantes eleitos em todas as formas de actividade parlamentar.Esta «eficácia» dos deputados do PCP não é pois um acaso, mas a prova de que os comunistas sempre honraram o seu compromisso incondicional com o povo e o País. Por isso, o voto na CDU é o voto seguro, no trabalho, na competência e na honestidadeFonte.
Por fim penso ser bastante justo dizer um pequeníssimo "detalhe", é que apesar de todo este trabalho prestado pela Eurodeputada Ilda Figueiredo, esta deputada ainda conseguiu arranjar um tempo para escrever um livro, fica aqui o link: Novos Rumos para Portugal e para a Europa.