sexta-feira, 10 de abril de 2009

Separar o trabalho da preguiça...

«Em final de legislatura, e quando se aproximam as eleições para o Parlamento Europeu, é tempo de os deputados prestarem contas para que os eleitores também possam fazer as suas. As comparações não são pois de recear já que são uma forma fiável de se separar o trigo do joio, o trabalho da preguiça, o empenhamento da indiferença, aqueles que serviram os interesses do País e de quem os elegeu, dos que se fizeram eleger para se servirem a si próprios. Os dados estatísticos que se seguem não esgotam a actividade dos deputados, mas são um bom indicador da sua produtividade em especial nos campos em que cada um tem inteira liberdade de iniciativa.
Os dois deputados do PCP estão no topo da lista no que respeita a intervenções em plenário. Ilda Figueiredo, com 704 intervenções é apenas ultrapassada por Manuel António dos Santos (PS) que na sua qualidade de vice-presidente do PE presidiu regularmente às sessões, contabilizando assim 837 intervenções. Segue-se Luís Queiró (CDS) com 676 intervenções e logo a seguir Pedro Guerreiro com 663 intervenções.Note-se que, dos 24 deputados, apenas quatro produziram mais de 600 intervenções, estando aqui os dois eleitos do PCP. Em contrapartida, 16 deputados fizeram menos de 100 intervenções e outros 12 intervieram menos de 50 vezes. No fundo da lista está por exemplo o deputado do Bloco de Esquerda, Miguel Portas, que em cinco anos tomou posição nas sessões apenas 41 vezes. A pouca apetência que aparenta para intervir nos plenários tão pouco foi compensada em número de requerimentos à Comissão e ao Conselho sobre as importantes questões nacionais. Não, limitou-se a apresentar 13 perguntas, ou seja uma média de 2,6 por ano. Mas há ainda pior. João de Deus Pinheiro, que foi o cabeça de lista do PSD, usou o seu direito de intervir somente 23 vezes e apresentou escassas cinco perguntas, à média exacta de uma por ano (!). E ao contrário do que um semanário português veiculou, Deus Pinheiro não elaborou um único relatório ou parecer em toda a legislatura.
No conjunto dos 24 deputados, apenas cinco (!), onde se destacam os dois eleitos do PCP, apresentaram mais de 50 perguntas. São eles Ilda Figueiredo (PCP), com 469 perguntas, seguem-se Paulo Casaca (PS), 274 perguntas, José Ribeiro e Castro (CDS), 256, Pedro Guerreiro (PCP), 189 perguntas, e Ana Maria Gomes (PS), 62 perguntas.Deste modo, os 12 deputados do PS apresentaram um total de 501 perguntas (média por deputado de 41,8) e os sete do PSD não foram além de uma centena (média por deputado de 14,3).
Um trabalho reconhecido.
Em 1999, o insuspeito jornal Público, na sua edição de 24 de Maio, concluía: «Estatisticamente, os três deputados comunistas (...) são campeões da actividade parlamentar (...) No seu caso concreto, as estatísticas abundantes apenas confirmam a realidade: mesmo os seus adversários políticos, insuspeitos, reconhecem que, entre os deputados portugueses, são o grupo mais eficaz.»Também em 2004, uma análise da Agência Lusa, divulgada por vários jornais, concluiu que os deputados do PCP, na altura apenas dois, se destacaram claramente dos restantes eleitos em todas as formas de actividade parlamentar.Esta «eficácia» dos deputados do PCP não é pois um acaso, mas a prova de que os comunistas sempre honraram o seu compromisso incondicional com o povo e o País. Por isso, o voto na CDU é o voto seguro, no trabalho, na competência e na honestidadeFonte.
Por fim penso ser bastante justo dizer um pequeníssimo "detalhe", é que apesar de todo este trabalho prestado pela Eurodeputada Ilda Figueiredo, esta deputada ainda conseguiu arranjar um tempo para escrever um livro, fica aqui o link: Novos Rumos para Portugal e para a Europa.

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