domingo, 31 de maio de 2009

Pearl Jam - Do the evolution

Quando a diferença é vista com indiferença.

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Ficou muito por disser sobre esta Marcha, que juntou 85 mil pessoas nas ruas de Lisboa. Ao contrário das outras forças partidárias que encheram restaurantes ou anfiteatros, tal como a CDU o fez também, nenhuma delas encheu as ruas com 85 mil apoiantes, efectivamente, é um acontecimento político fora do normal que merecia mais atenção.

Falou-se, ainda, muito pouco do trabalho realizado pelos eurodeputados portugueses no Parlamento Europeu, e da visão política e do que fizeram para evitar (ou ajudar) o desenrolar desta crise mundial; que fizeram para evitar (ou ajudar) os conflitos bélicos; que fizeram para evitar (ou ajudar) os agricultores e as pequenas e médias empresas; o que fizeram para evitar (ou ajudar) o grande capital a enriquecer a custa dos trabalhadores; o que fizeram para evitar (ou ajudar) o avanço da «flexisegurança»; o que fizeram para evitar (ou ajudar) o ataque aos direitos dos trabalhadores; o que fizeram para evitar (ou ajudar) à realização de um referendo ao Tratado de Lisboa. Etc...

Pior, falou-se ainda muito pouco dos candidatos que foram cabeças de lista nas últimas eleições europeias, como por exemplo um de tal Sr. João Pinheiro de Deus, que foi eleito a 5 anos atrás como cabeça de lista do PSD, somente usou o seu direito de intervir somente 23 vezes e apresentou escassas cinco perguntas, à média exacta de uma por ano (!).
Realmente falou-se muito pouco dos 24 deputados portugueses, entre os quais somente cinco (!), onde se destacam os dois eleitos do PCP, apresentaram mais de 50 perguntas. São eles Ilda Figueiredo (PCP), com 469 perguntas, seguem-se Paulo Casaca (PS), 274 perguntas, José Ribeiro e Castro (CDS), 256, Pedro Guerreiro (PCP), 189 perguntas, e Ana Maria Gomes (PS), 62 perguntas.

Falou-se, ainda, pouco, muito pouco, do trabalho do nosso ex- Primeiro-ministro, Sr. Durão Barroso, que abandonou o seu importante e prestigioso cargo em Portugal para ocupar a Presidência da Comissão Europeia. Ou seja, não se falou destas atitudes de alguns políticos que apenas servem, e com alguma razão, para o afastamento dos cidadãos das questões políticas e europeias, com célebre frase «os políticos são todos iguais, estão lá é para terem "tachos" e governaram-se só a eles». Não, os políticos não são todos iguais.

Mas sorte a nossa, falou-se algumas vezes no, «Yes We Can», que traduzido para português fica «Sim, Nós Podemos» e não «Sim é Possível», não se falou que o slogan «Sim é Possível» foi lançado em 2002, vivia Bush na Casa Branca e o fenómeno Obama ainda não se tinha alastrado, na Conferência Nacional do PCP, realizado na margem sul.
A diferença é a CDU e o seu projecto político de ruptura com estas políticas neo-liberais, que é visível na rua em contacto com a população o ano inteiro e pela diferença no encarar o trabalho político, mas a diferença é tratada com indiferença, o objectivo é não fazer notar a diferença que há na CDU face à indiferença das outras forças partidárias.

Dia 07 Vota, Vota CDU.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

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sábado, 23 de maio de 2009

Novidades por terras Irlandesas...

Olá amigos!
Como prometido, cá deixo o meu testemunho no blog, apresentando já as minhas desculpas pelo atraso.
Amanhã estou de regresso a Portugal, e apesar de saber bem rever a malta e matar saudades, estou um tanto deprimida por abandonar Dublin, de que tantas boas memórias vou ter
A chegada a Dublin foi um tanto atribulada. A perda das bagagens deixou-nos bastante em baixo (um conselho: nunca viagem pela Íbéria, é líder em perda de bagagens...só no nosso voo perderam-se 80 e tal), mas os primeiros dias em Dublin não foram de todo desanimadores. Fomos (relativamente) bem recebidos na Swan, e começámos o curso de inglês logo no dia a seguir com o stor Cormac Healy, um pintor irlandês que dá às aulas uma óptima dinâmica.
No dia a seguir à nossa chegada foi o meu aniversário. Apesar de estarmos sem roupa lavada e com umas caras horríveis, os meus companheiros fizeram a agradável surpresa de me comprarem um bolo =)
Para resumir... Dublin é uma cidade limpa e bonita, os Irlandeses são muito simpáticos e prestáveis (e totalmente dependentes do alcool), as teenagers afogam-se em base e maquilhagem, a Gardaí (GNR cá do sítio) não anda armada, é tudo muito expensive (e antes da crise ainda era mais, imagino...), e o clima é simplesmente imprevisível (já apanhámos sol, chuva e neve no mesmo dia). Aproveitámos praticamente todos os fins de semana para programar visitas e viagens, a Irlanda é um país lindíssimo e já me mentalizei que terei de voltar, porque ficou tanta coisa para ver...
Em relação ao Estágio, fui aceite na Eco-Unesco, uma organização sobre educação e ambiente da Unesco, e foi uma óptima experiência. Trabalhei com crianças, professores, jovens em risco e minorias étnicas, e aprendi imenso. Ajudei na organização de workshops e eventos, com uma equipa fenomenal. O ponto alto do estágio para mim foi ter participado num projecto durante uma semana em Greystones com a VSI, com jovens de mais de 12 nacionalidades diferentes... Nigéria, Afeganistão, Áustria, Irlanda, Congo, Iraque, Nepal, India, Gana, França, Palestina... Foi simplesmente inesquecível! Espero em breve poder mostrar-vos fotos do grupo.
E pronto, a viagem está a chegar ao fim, vai ser difícil despedir-me de todos aqueles que ficam por cá, e que fizeram estes 3 meses serem fantásticos.

Até manha! =)

Anabela, 23/05/2009.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

A Exigência deve ser o Respeito.

O patrão da Sonae SGPS, um dos homens mais ricos em Portugal, afirmou recentemente: «Numa altura em que há falta de emprego, as pessoas ainda têm uma exigência estranha. Quando há tanta gente a querer qualquer emprego, as pessoas não querem trabalhar ao sábado, não aceitam o princípio de número de horas anual e depois não há como decidir este tipo de questões em Portugal, porque se administração da Wolkswagen decidir fechar, fecha amanhã».
Numa altura de profunda crise social e de desemprego altíssimo com certeza que seria uma «exigência estranha» para o Senhor Belmiro de Azevedo, que lhe fossem ao bolso, e que bolso ele deve ter pois em 2008 tinha uma fortuna de cerca de 1 700 Milhões de Euros acumulada (em grande parte graças ao esforço dos seus trabalhadores que até já no 01 de Maio (dia do trabalho) são “obrigados” a ir trabalhar), para ajudar o país e os cerca de 500 mil almas que estão no desemprego, relembro que parte desta grande massa desempregada nem tem acesso ao fundo do desemprego.

Era bastante positivo que esse Senhor não afirmar-se frases disparatadas e intimidatórias semelhantes, as quais somente tem como objectivo nítido de lançar o medo para o meio das massas trabalhadoras e das famílias portuguesas.

Não é só os trabalhadores a pagar a crise com a perda de direitos, pois não foram os trabalhadores da Auto-Europa, ou do café «Pipis e Bifanas » que originaram esta crise. Com tempos complicados para o Capitalismo, onde as politicas neo-liberais defendidas pelo grande capital caíram por terra os trabalhadores irão pedir exigências mais estranhas para esses senhores, pois é urgente exigir um novo rumo para Portugal e para o mundo.

Bom mais um motivo para não faltar amanha...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Próximo Sábado


A todos aqueles que desejam levar mais longe a denúncia e o combate consequente às injustiças e desigualdades sociais, ao desemprego, à corrupção, à degradação das condições de vida e de trabalho dos trabalhadores e de diversos sectores e camadas da população e que justamente reclamam uma ruptura com a política de direita, uma nova política e um novo governo para Portugal. Terá início às 15 horas, na Praça do Saldanha (com concentrações prévias dos participantes a partir do Campo Pequeno e ao longo da Av. de República), e terminará com um comício no Marquês de Pombal.
Dia 23 de Maio (próximo sábado).

domingo, 17 de maio de 2009

Desaire

Os resultados das eleições na Índia acabaram de ser revelados, e com grande surpresa (devido a sua elevada votação) o grande vencedor foi a Aliança Unida Progressista, que é liderada pelo Partido do Congresso, consegui eleger 252 deputados. Desde de 1991 que o partido da família Gandhi não conseguia um resultado tão claro e positivo, o Partido do Congresso sozinho alcançou 190 deputados. Em segundo lugar ficou a coligação dirigida pelos nacionalistas hindus, NDA, com 162 deputados.

A Terceira Frente (Frente de Esquerda) apenas ficou com 60 lugares no Parlamento, ficando muito longe do que se prometia, além disto os Comunistas do PCI-M perderam muitos votos em zonas que tradicionalmente vencem eleitoralmente com grande margem, como foi caso de Bengala Ocidental e Kerala. Os dados provisórios mostram que o PCI-M tinha conseguia eleger somente 19 deputados, perdendo mais de 20 cadeiras. O líder do PCI-M, Prakash Karat, disse ter sofrido um «grande golpe» e admitiu a necessidade de «um sério exame dos motivos». Outra grande derrotada da noite que chegou a ser encarada como possível primeira-ministra da coligação dos pequenos partidos foi a «Rainha dos Intocáveis», Mayawati Kumari, ministra-chefe do influente Estado de Uttar Pradesh (deste Estado são eleitos 80 deputados). Mayawati é popular entre os cerca de 160 milhões de dalits indianos - uma comunidade heterogénea excluída do sistema hindu de castas que se dedica às tarefas consideradas "impuras", como limpar sanitas, recolher lixo. Mas parece que o seu passado, onde enfrentou acusações de corrupção e atraiu críticas por gastos exagerados em parques e estátuas em sua homenagem, a prejudicou no momento de votar.
Estes resultados não traduzem a ruptura política que se vinha falando/apelando e que parecia ser possível ao longo da campanha. Basicamente o Parlamento ficou na mesma, a única novidade é o grande salto que o Partido do Congresso dá eleitoralmente e o recuou das forças progressistas. Mas apesar disto a AUP não consegue a maioria no Parlamento, mas não fica necessariamente a depender de coligações com outras forças políticas para delinear o próximo Governo.

Cerca de 60% dos 714 milhões de indianos votaram num processo eleitoral que decorre em cinco etapas, começou em Abril e foi finalizado a 13 de Maio. Cerca de 6 milhões de polícias fizeram a segurança ao escrutínio. Facto curioso é que são utilizados elefantes para o transporte das urnas para a votação em regiões de difícil acesso, os animais chegam a caminhar quatro dias seguidos para atingir as áreas remotas do país, e assim garantir que até esses eleitores tenham acesso ao voto.

sábado, 16 de maio de 2009

Mais um exemplo, agora na Ásia.

Estão a ser apurados os resultados eleitorais na Índia, que segundo alguns especialistas é a maior e mais complexa democracia do mundo. Tudo parece apontar para que os partidos do Poder não consigam formar governo sem coligações ou acordo com outros partidos, longe vão os tempos em que o Partido do Congresso (onde militam os membros da família Ganhdi) garantia mais de 200/300 lugares das 543 possíveis no Parlamento.

Por outro lado, existe uma hipótese da Frente de Esquerda poder participar num Governo de visão progressista. Relembre-se que a Frente de Esquerda, apesar de não participar no Governo, deu apoio e sustentabilidade no Parlamento, até à pouco tempo, ao Governo actual.

Com cerca de 900 mil militantes, e 43 deputados eleitos o PCI-M (Marxista) é a terceira força política na Índia e a força política mais importante na Frente de Esquerda. Conta ainda com mais de 200 deputados regionais eleitos, cinco jornais diários e um canal de televisão próprio. É Poder em três estados, Kerala onde no qual em 1958 foi eleito o primeiro governador comunista na Índia, Tripura e Bengala Ocidental.

Bengala é um estado populoso e importante, com cerca de 80 milhões de habitantes, e desde de 1977 que o PCI-M vence todas as eleições, em cerca de 79 cidades é Poder em mais de 40 cidades. O ano de 1977 marca o início do fim do poder dos grandes latifundiários, que tinham mais de 50% da posse da terra, hoje em dia cerca de 70% dos camponeses tem direito a terra própria e muitas pessoas passaram a ter direito a uma casa. Actualmente os dados indicam que cerca de 26% da população de Bengala está abaixo da linha de pobreza, antes de 1977 os dados indicavam que eram cerca de 56% da população. Ironicamente, este número (26%) é explicado em grande parte devido aos benefícios oferecidos pelo governo de Bengala como a saúde, educação e o controle dos preços alimentos, que tornam Bengala numa região de destino para muitos pobres indianos que chegam a Bengala com esperança de uma vida melhor.

Um analista político indiano afirma que sucesso dos comunistas e da Frente de Esquerda em Bengala Ocidental essencialmente a três factores:
1.Elaboração de uma reforma agrária, que favoreceu os camponeses pobres.
2.
Apesar do PCI-M ter uma maioria parlamentar forte para governar sozinho, o partido faz questão de participar numa Frente de Esquerda com outras forças de esquerda ou progressista e independentes.
3.Finalmente é um governo sem corrupção, nos 30 anos que governa Bengala não existe registo de um único escândalo no governo.

Além do PCI-M a Frente de Esquerda é composta pelo PCI da Índia que tem 10 deputados e pelos Partidos Revolucionário Socialista e Adiante de Toda a Índia, ambos com três deputados, ou seja, a Frente de Esquerda tem no total 59 deputados no Parlamento. No decorrer das eleições o Partido Bahujan Samaj que tem 19 deputados e governa o estado mais populoso da Índia, Uttar Pradesh, e que se afirma como representante do estrato social mais baixo do sistema de castas, manifestou intenção de ingressar na Frente de Esquerda.

Numa sociedade profundamente marcada pela hierarquização do sistema de castas, várias religiões, problemas bélicos com um vizinho, contradições agudas e incertas no tecido social e as emergências de alguns nacionalismos locais, tudo parece apontar que a Frente de Esquerda será essencial para o futuro e rumo desta populosa nação.


quinta-feira, 14 de maio de 2009

YEA

No próximo dia 20 de Maio (Quarta Feira) decorre mais um YEA, «Young Environmentalist Awards» em Dublin (Mansion House), promovido pela ECO-UNESCO.
Mas este evento além de premiar, mais uma vez, alguns jovens ambientalistas e os seus ambiciosos projectos conta nas "fileiras" da sua organização com uma preciosa e empenhada ajuda.

Fica aqui o reconhecimento de todo o talento, força de vontade, empenho, criatividade, visão, organização, dedicação, habilidade, trabalhadora, mérito e responsabilidade que essa pessoa possui na sua essência, e que, sem dúvida alguma, é somente uma mais-valia importante para o «Young Environmentalist Awards 2009». Não haja dúvidas que vai ser um sucesso.

P.S. Espero que a recolha de tampas e outros objectos recicláveis esteja a correr bem.
Great pride in you.
De regresso a Portugal, e tal como os Green Day diziam em 1992 :

« Pay attention to the cracked streets & the broken homes,

Some call it slums some call it nice,
I wanna take you through a wasteland I like to call my home,
Welcome to paradise...».


sábado, 9 de maio de 2009

.A Expressividade Repetitiva que é a Vida

.No tilintar fugaz das ruas citadinas, vamos tingindo ladainhas que se traduzem nos inúmeros monólogos redundantes de reflexões aleatórias que produzimos.
Os dias discorrem-se de sucessivas engrenagens repetitivas.
A poça espelha o fúnebre Café Müller, não sendo apenas uma confissão extrema de um estado de crise criativa ou da mortalidade do amor, é também uma emocional flagelante e impressionante tipificação sobre a violência que é a vida.
A vida essa incontornável e constante repetição efémera.


Café Müller, Pina Bausch

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A minha vontade!


Foi uma semana hiper cansativa, mas mereceu muito a pena. Bem amanha me vou, a ver se volto. Até jáááááááááá.
Bem vou deixar aqui uma foto, como sendo uma pequena dedicação.

Um trabalho bem feito, é sempre aquele que é feito na noite antes.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Um estado de espírito!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Incidentes do 1ºde Maio

Vou tentar expor alguns pontos de vista que me deixaram a pensar sobre os acontecimentos decorridos no 1º de Maio, pois em primeiro lugar digo que não gostei do que fizeram ao homem, achei exagerado e pouco útil, mas penso também que o assunto não é tão linear assim quanto isso...
Em primeiro lugar, penso que a ideia da comitiva do PS era original um resultado idêntico ou semelhante a este. Em segundo lugar, é legítimo também dizer que houve uma provocação da parte do PS, pois Vital Moreira ex militante do Partido Comunista, fiel seguidor das políticas de Sócrates e desta EU e cabeça de lista para o Parlamento Europeu foi claramente tirar protagonismo aos trabalhadores e suas reivindicações num dia que é o seu, o dia mundial do Trabalho.
Penso que é perfeitamente normal, e de conhecimento público que os trabalhadores e os militantes do PCP (pelos vistos do Bloco) não morrem de amores pelo seu ex dirigente comunista e um dos pais da Constituição Portuguesa de 1974. Mas claro que isto não justifica a violência ali presenciada. Mas havia, como se confirmou, o risco de desabrochar para este caminho.
Não seria melhor Vital Moreira ter indo logo directamente com a sua malta da UGT (e seus compadres), até na óptica de salvaguardar o seu «freelancerismo», pois não vão eles de se lembrar de prescindir dos seus serviços como «freelancer».

Eu estava na cauda do desfile, quando o “homem do dia” passou, muito sinceramente não gostei do que vi, pois vi ele a ser agredido e algumas pessoas a volta dele a soltarem ofensas. Mas também é verdade que o vi a ser protegido por malta ligada a CGTP e ao PCP, logo a notícia que foi transmitida horas a fim, para ser verdadeira devia ser: «Supostos membros do PCP agrediram Vital Moreira, mas outros defenderam-no», e com esta ideia, chegava-se a conclusão justa que foi um acto isolado e não uma manobra do PCP. É justo também dizer, que encontravam-se, pelo menos que eu tivesse visto, três elementos da PSP no local e nada fizeram, ficam pálidos e serenos, a protecção de Vital Moreira foi feita mesmo pela a CGTP.

Também posso dizer que assisti a uma chapada que algum deu no Vital Moreira por detrás. Mas também verifiquei que daquele quadrante da manifestação não vi ninguém conhecido meu e conectado ao PCP a ir ao encontro da zona de "conflito", ao contrário do BE.
Os militantes e simpatizantes do Bloco de Esquerda mal viram o Vital Moreira foram a correr para o homem soltando ofensas e gritando palavras como: «Traidor». É certo já que o BE não foi considerado culpado pelas televisões e PS por estes acontecimentos, pelo visto nem "réu" chegou a ser. Mas uma coisa me chamou atenção, foi a malta do Bloco de Esquerda apelidar de «Traidor» ao Vital Moreira, bom então e os outros Senhores que seguiram o mesmo ou semelhante percurso político como Vital Moreia, como por exemplo assim sem pensar muito: Miguel Portas; Fernando Rosas; João Semedo; António Chora entre outros, também são traidores?

Por fim, volto a repetir que lamento estes incidentes que só contribuem para o afastamento do Povo português das eleição(s) e discussão das europeias e serviu como acontecimento que ocultou em grande parte a festa e a luta dos trabalhadores. Por fim concordo em pleno com posição do PCP, lamentar sim, pedir desculpa não, pois isso era assumir as culpas pelos acontecimentos. Mas não posso deixar de afirmar que os assobios, e as palavras de ordem contra esta política praticada pelo Governo Sócrates e anteriores governos em Portugal (que é a mesma política de Vital Moreira) que foram citadas pelos trabalhadores contra a comitiva do PS são justíssimas.