No último congresso do PPD-PSD o congressista e Presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Fernando Costa um dos obreiros do PPD, fez um dos discursos mais visto nas televisões devido ao seu teor caricato. No seu discurso esta frase chamou-me atenção
«Eu levei tanta tareia do Partido Comunista, eu levei tareia do Partido Comunista, […], eu estive nas barricadas de Rio Maior».
Havendo, então, um destacado membro do PPD que, (se a memória não me atraiçoa) inclusive já era deputado nessa altura, a participar nas barricadas que foram erguidas no dia 24 de Novembro de 1975 em Rio Maior contra um suposto «golpe comunista» e a sua «comuna de Lisboa», é revelador que a agitação sentida no Norte do país durante o chamado «Verão Quente», onde no qual são realizadas mais de 150 acções terroristas (Bombas; fogos-postos; assaltos e destruições; tiros) contra os Centros de Trabalhos do PCP, do MDP-CDE, sindicatos e organizações de extrema-esquerda, muito pouco, ou nada, teve de espontâneo. A ideia de uma «simples rejeição popular do comunismo» parafraseada pelo sector de direita e do PS, cada vez mais faz parte de um imaginário desse sector, contudo, sendo ela dominante na sociedade, encerra perigos.
Hipoteticamente acreditando na tese do «CIABoy», Frank Carlucci que esteve em contacto directo com o Portugal revolucionário de então, que a conjuntura avivada no Norte do país «foi espontâneo, ninguém esteve por detrás», ou até, atribuindo a totalidade da organização das barricadas de Rio Maior à CAP, não se pode deixar de salientar que, apesar de não haver «ninguém por detrás» ou da organização das barricadas ter sido da autoria da CAP, nestas barricadas participaram, foram manobrados ou fizeram questão de estar figuras de proa da direita portuguesa…
«Eu levei tanta tareia do Partido Comunista, eu levei tareia do Partido Comunista, […], eu estive nas barricadas de Rio Maior».
Havendo, então, um destacado membro do PPD que, (se a memória não me atraiçoa) inclusive já era deputado nessa altura, a participar nas barricadas que foram erguidas no dia 24 de Novembro de 1975 em Rio Maior contra um suposto «golpe comunista» e a sua «comuna de Lisboa», é revelador que a agitação sentida no Norte do país durante o chamado «Verão Quente», onde no qual são realizadas mais de 150 acções terroristas (Bombas; fogos-postos; assaltos e destruições; tiros) contra os Centros de Trabalhos do PCP, do MDP-CDE, sindicatos e organizações de extrema-esquerda, muito pouco, ou nada, teve de espontâneo. A ideia de uma «simples rejeição popular do comunismo» parafraseada pelo sector de direita e do PS, cada vez mais faz parte de um imaginário desse sector, contudo, sendo ela dominante na sociedade, encerra perigos.
Hipoteticamente acreditando na tese do «CIABoy», Frank Carlucci que esteve em contacto directo com o Portugal revolucionário de então, que a conjuntura avivada no Norte do país «foi espontâneo, ninguém esteve por detrás», ou até, atribuindo a totalidade da organização das barricadas de Rio Maior à CAP, não se pode deixar de salientar que, apesar de não haver «ninguém por detrás» ou da organização das barricadas ter sido da autoria da CAP, nestas barricadas participaram, foram manobrados ou fizeram questão de estar figuras de proa da direita portuguesa…
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